- Passei 13 jogos sem fazer gol nos EUA e não sabia mais nem como vibrar - disse o Reizinho.
Cobrar falta parece que virou moda. O zagueiro Rafael Vaz aprendeu direitinho. Fez o seu. O Criciúma diminuiu também com a bola parada, no chute de Ivo. Empatou com Wellington Paulista, mas Juninho, ele de novo, cobrou falta na medida para Edmilson decretar a vitória por 3 a 2. Parece que o destino de Juninho é mesmo fazer a alegria dos cruz-maltinos.
Mas as lembranças do passado não ficaram restritas aos 15 anos do lance pela Libertadores, com direito a placa para Juninho entregue pelo presidente Roberto Dinamite. Teve a estreia do "uniforme raízes", lançado no último dia 19 e que faz uma homenagem ao navegador português Vasco da Game e a suas conquistas, além de reproduzir na sua parte interna a carta enviada ao rei de Portugal batizando o clube em 1498.
O Vasco chegou a 13 pontos, agora sexto colocado. Na próxima vai ao Serra Dourada encarar o Goiás. Em 12º, dez pontos, o Criciúma vai a São Paulo pegar a Portuguesa.
São Januário ainda reverenciava o Reizinho quando a côrte ficou apreensiva. Seria muito anti-clímax se a entrada forte de Gílson, com apenas um minuto de jogo, tivesse tirado Juninho da partida. Não passou de um susto. Após atendimento médico fora de campo, ele voltou. E as faltas seguiram. Até que Fábio Ferreira levou o cartão amarelo. Mal girava o ponteiro do relógio e vinha outra falta, como fez Marlon em Eder Luis à meia distância.
Com Juninho refeito, seria gol de quem? Gol do Juninho. Nada monumental como o marcado contra o River Plate pela semifinal da Libertadores de 1998. Foi mais na sorte, na ajudinha do goleiro Bruno, que aceitou o chute. Pouco importa. Dias após a comemoração dos 15 anos do lance contra os argentinos, nada melhor que uma cobrança de falta para a torcida explodir: “Gol do Juninho! Monumental!”
Até metade do primeiro tempo, era um Vasco veloz, com Eder Luis puxando contra-ataque, Henrique bem no apoio, Wendel como elemento surpresa e Rafael Vaz presente nas bolas aéreas. Porém, o Criciúma acordou também com algumas faltas na entrada da área e contra-ataques armados por Cassiano, que teve uma chance de ouro, livre. Mas a saída de Diogo Silva salvou o que seria empate.
Aí Ivo deve ter pensado: “Se eles podem, por que eu não posso?”. Em uma falta na lateral da área, mandou direto para o gol. Fábio Ferreira subiu, tentou desviar, mas foi de Ivo o lance que abriria as portas da esperança dos catarinenses.
Então Marlon resolveu cobrar lateral direito na área, com um pequeno desvio no meio do caminho. Diogo Silva, o mesmo que havia salvado o que seria o gol de Cassiano, falhou. Um tapa na bola e deixou na medida para Wellington Paulista acertar uma bicicleta. Daniel Carvalho entrou no lugar de Amaral para dar mais ofensividade.
A torcida se calou. São Januário parou. Juninho voltou. Mais uma falta, agora mais distante. O Reizinho mandou na área, para Edmilson, sozinho, fazer explodir a torcida. O Vasco adotou um estilo mais cauteloso, então. Apostou em contra-ataques. Eder Luis foi fominha, a torcida reclamou. Mas o dia era de festa. Cantos para Juninho, cantos de São Januário o Caldeirão, e eufóricos gritos de "o campeão voltou".
VÍDEO
Fonte: GloboEsporte.com (texto), Youtube (vídeo)
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