quinta-feira, 25 de julho de 2013

Maior aposta de Kalil, Ronaldinho dita o ritmo e consagra a América atleticana

Ronaldinho explode com o gol de Leonardo Silva: campeões da Libertadores

"Meu filho, não tenho dinheiro para te oferecer. O que eu tenho para tentar te dar é felicidade e alegria".

A conversa franca e direta de Alexandre Kalil convenceu Ronaldinho Gaúcho, poucos dias de ter saído do Flamengo, a aceitar a proposta do Atlético-MG. Em 4 de junho de 2012, ele chegou ao Galo para fazer história. E a dobradinha se consagrou no dia 24 de julho de 2013.

O presidente e o atacante, agora, são campeões da Libertadores pela primeira vez.

A parceria rendeu.

O melhor do mundo de 2004 e 2005, por sinal, entra em um grupo seleto de jogadores campeões da Champions League e da Libertadores: ele se junta aos conterrâneros Dida, Cafu e Roque Júnior além dos argentinos Santiago Solari, Juan Pablo Sorín, Carlitos Tevez e Walter Samuel.

A contratação de Ronaldinho foi um pedido de Cuca ao mandatário atleticano, conforme ele revelou no Bola da Vez, da ESPN Brasil, em abril deste ano: "Nosso camisa 10 saiu do Flamengo."

O dirigente, por sinal, mostrou logo sua linha dura quando, em entrevista ao blog do PVC dois dias após a chegada do grande reforço, disse que se aparecesse o vídeo do jogador com uma mulher na concentração (como Gaúcho foi flagrado no Flamengo) "ele está demitido na hora".

Ainda que à época de sua chegada ao Galo o pentacampeão tenha aceitado ganhar um salário menor do que os de outros jogadores do futebol brasileiro (cerca de R$ 300 mil), hoje ele reverteu tal situação. Após ficar com o vice-campeonato brasileiro em 2012, Ronaldinho renovou seu contrato, ganhando mais do que o dobro (aproximadamente R$ 700 mil) além de bônus dados pelo banco BMG, parceiro do Atlético-MG, o que o faz receber R$ 1 milhão.

A sinergia com a torcida, principalmente nos jogos disputados no Independência, impressiona. A mídia europeia voltou seus olhos para o time alvinegro de BH por causa de Ronaldinho. E, claro, em 2013 ele ostenta camisa 10 - foi número 49 no ano passado.

Com o clima favorável, o ex-Grêmio, PSG, Barcelona, Milan e Flamengo nunca escondeu sua alegria por ter escolhido Belo Horizonte como nova casa. "Tem algo que a gente não sabe explicar, mas que pega a gente, que toca lá no fundo do coração", falou Gaúcho em entrevista a Dadá Maravilha, ídolo do Galo.

Ele garante até estar mais comedido nas baladas, mas Alexandre Kalil chegou a fazer troça sobre isso depois da classificação diante do Newell's Old Boys: "Não tem nenhuma criança nesse time. Botar o Ronaldinho concentrado cinco dias, não é brincadeira. É porque eles querem."

E a dupla Kalil-Ronaldinho continuará querendo, pelo menos até o final deste ano com o Mundial de Clubes, no Marrocos. O mandato do atual presidente termina em dezembro de 2014, e sua prioridade será renovar outra vez o contrato do camisa 10.

"O que eu tenho para tentar te dar é felicidade e alegria". Por essa, nem Kalil esperava.

FONTE: ESPN

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