terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Carioca Gabriel Pastori relata a sensação de surfar em Jaws pela primeira vez


Leia o relato do freesurfer carioca Gabriel Pastori sobre a experiência de ter botado pra baixo numa das ondas mais desafiadoras do planeta pela primeira vez na vida!

Por algum motivo decidi passar os últimos dias de 2012 na ilha de Maiu para pegar o último swell do ano em Jaws.

Na verdade eu já venho acompanhando desde o ano passado as idas e vindas de alguns amigos big rides em função dessa onda e de uma hora para outra decidi ir com eles dessa vez.

Gordo (Felipe Cesarano), Dieguinho (Diego Silva) e Manga (Pedro Aguiar) já tinham ido algumas vezes e já conheciam de perto o poder da onda.

Eu estava indo pela minha primeira vez, levando uma prancha 10.2 pés emprestada (do amigo Alessandro Costa, que mora aqui no Havaí e já me empresta ela há algumas temporadas) e um colete para remada. Coloquei na minha cabeça que não tinha obrigação alguma e que caso não me sentisse poderia ficar sem surfar numa boa.


Chegamos lá no primeiro dia do swell e apesar de não estar do tamanho que a galera esperava foi uma boa oportunidade para eu sentir a onda. Até então eu ainda estava tranqüilo apenas observando tudo. Mas comecei a ficar meio receoso a partir do momento em que os caras mais casca-grossas das ondas grandes passaram por mim super bem equipados em termos de roupas de borracha flutuantes, além das infláveis.

Naquele momento comecei a perceber o respeito que todos tinham pela onda, até os mais experientes.

A adrenalina e o medo já começaram a correr no corpo a partir do momento em coloquei a gun embaixo do braço e iniciei a descida no Cliff, que quando está molhado vira uma ladeira íngreme de pura lama que faz ser quase impossível chegar lá embaixo sem cair ao menos uma vez. Depois de descer tudo ainda entrei pelas pedras com ondas de pelo menos um metro quebrando bem no lugar onde deve-se pular.

E foi após esses dois desafios que veio o maior deles, botar para baixo numa das ondas mais desafiadoras do planeta.

No primeiro dia dei muita sorte. Tomei apenas um tombo descendo o cliff, entrei tranqüilo pelas pedras e peguei três ondas numa caída de menos de duas horas. As ondas ainda não estavam como a galera esperava mas foi muito bom para me soltar e sentir um pouco como é Jaws.

No dia seguinte as condições mudaram: O mar subiu, o sol apareceu e o vento diminuiu. Todos os locais estavam na água e mais um monte de big riders de diversos lugares completaram o line up com cerca de uma 60 pessoas.

As ondas estavam grandes e lindas. Caras como Jamie O’Brien, Ian Walsh e Bily Kemper fizeram a mala. Vários brasileiros estavam presentes também, como eu, Gordo, Dieguinho, Manga, Silvio Mancusi, Maya Gabeira, Silvia Nabuco, Koxa, Alexandre Ferraz, Carlos Burle, Pato, Yuri Soledade e Marcio Freire, entre outros.

Fiquei umas 4 horas na água sem pegar nada e depois me posicionei para pegar a esquerda, onde tinha acabado de ver o Koxa pegar uma boa. Fiquei uns 20 minutos esperando e logo na primeira da série virei e fui com tudo!

Acabei caindo no meio da onda e tomei toda a série atrás. Perdi a conta de quantas ondas tomei, mas tenho certeza que foi o maior perrengue que eu já passei surfando em toda minha vida. Depois de várias ondas na cabeça e com o strep arrebentado fui resgatado de Jet ski por Yuri Soledad, big rider baiano que reside em Maui há bastante tempo e já está bem acostumado com essas situacões extremas.

No final das contas saí da água exausto e com o prejuízo de uma prancha emprestada que foi destruída nas pedras. No entanto, a satisfação de ter surfado aquela onda com aquelas condições e ter passado por tudo isso foi muito maior do que qualquer prejuízo.


No primeiro dia dei muita sorte. Tomei apenas um tombo descendo o cliff, entrei tranqüilo pelas pedras e peguei três ondas numa caída de menos de duas horas. As ondas ainda não estavam como a galera esperava mas foi muito bom para me soltar e sentir um pouco como é Jaws.

No dia seguinte as condições mudaram: O mar subiu, o sol apareceu e o vento diminuiu. Todos os locais estavam na água e mais um monte de big riders de diversos lugares completaram o line up com cerca de uma 60 pessoas.

As ondas estavam grandes e lindas. Caras como Jamie O’Brien, Ian Walsh e Bily Kemper fizeram a mala. Vários brasileiros estavam presentes também, como eu, Gordo, Dieguinho, Manga, Silvio Mancusi, Maya Gabeira, Silvia Nabuco, Koxa, Alexandre Ferraz, Carlos Burle, Pato, Yuri Soledade e Marcio Freire, entre outros.

Fiquei umas 4 horas na água sem pegar nada e depois me posicionei para pegar a esquerda, onde tinha acabado de ver o Koxa pegar uma boa. Fiquei uns 20 minutos esperando e logo na primeira da série virei e fui com tudo!

Acabei caindo no meio da onda e tomei toda a série atrás. Perdi a conta de quantas ondas tomei, mas tenho certeza que foi o maior perrengue que eu já passei surfando em toda minha vida. Depois de várias ondas na cabeça e com o strep arrebentado fui resgatado de Jet ski por Yuri Soledad, big rider baiano que reside em Maui há bastante tempo e já está bem acostumado com essas situacões extremas.

No final das contas saí da água exausto e com o prejuízo de uma prancha emprestada que foi destruída nas pedras. No entanto, a satisfação de ter surfado aquela onda com aquelas condições e ter passado por tudo isso foi muito maior do que qualquer prejuízo. A sensação de dever cumprido e a vontade de voltar para lá algum dia ainda estão na minha cabeça!

Depois passei a virada com meus amigos em Maui, que é um lugar alucinante, e peguei o resto do swell no primeiro dia do ano em Honolua Bay!


Line up de Honolua Bay - Foto: Arquivo pessoal



Depois voltei para o Noth Shore de Oahu, onde estou aproveitando o que me resta dessa temporada!


Gabriel Pastori em Honolua Bay - Foto: Bidu Correia



FONTE: 
Gabriel Pastori

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