O Atlético de Madri não vencia o arquirrival Real Madrid desde 1999. O tabu acabou nesta sexta-feira, em pleno Santiago Bernabéu. E com participação decisiva dos brasileiros – Diego Costa e Miranda marcaram os gols da vitória por 2 a 1, que deu ao Atlético o título da Copa do Rei. Foi o primeiro grande título nacional desde 1996, quando o clube havia vencido a mesma competição.
O fim do tabu é, também, o ponto final em uma agonia de 25 partidas do “primo pobre” de Madri. Em quase 14 anos, foram 19 vitórias do Real e seis empates.
Com o título o Atlético de Madri chega a dez títulos na Copa do Rey. No ranking histórico da competição, o time perde apenas para o Barcelona, líder com 26, o Athletic Bilbao, 23, e o próprio Real Madrid, que soma 18 conquistas.
Nesta sexta-feira, o Real Madrid começou melhor na partida, tocando a bola no campo de ataque. Apesar disso, o jogo era morno até aos 13 minutos, quando o Real teve um escanteio a seu favor. Após boa cobrança de Ozil, Cristiano Ronaldo subiu mais que a defesa do Atlético para tocar de cabeça, abrindo o placar no Santiago Bernabéu.
O Atlético poderia se abater com o gol sofrido e com o tabu diante do rival, já que a última vitória aconteceu em 1999. Mas não isso que aconteceu. E a esperança do “primo pobre” de Madri surgiu pelos pés de seu principal jogador, Falcao Garcia.
Aos 34 minutos, o colombiano recuperou uma bola no meio campo, livrou-se de três adversários com uma série de dribles curtos e fez ótimo passe para Diego Costa. O brasileiro não perdeu a chance e, cara a cara com Diego Lopez, chutou cruzado. A bola bateu na trave antes de entrar.
O Real Madrid teve a chance de voltar ao comando do placar aos 43 minutos, com Ozil. O alemão recebeu passe do compatriota Khedira e chutou de primeira. A bola explodiu na trave do gol defendido por Courtois, no último grande lance da primeira etapa.
Na segunda etapa, o jogo também teve um início morno, mas logo pegou fogo. Aos 15 minutos, o Atlético de Madri avançou com Juanfran pela direita; o cruzamento atravessou a área e o brasileiro Filipe Luís pegou de primeira – o chute passou muito perto da trave.
No minuto seguinte, aos 16, o Real Madrid perdeu duas chances incríveis em sequência. Cristiano Ronaldo avançou pela esquerda e cruzou para o meio da área. Benzema chutou, a bola bateu na trave e sobrou para Ozil. O alemão chutou mais uma vez na direção do gol, mas Juanfran, de forma incrível, jogou-se na frente da bola e evitou o segundo gol do Real.
Aos 23 minutos, Cristiano Ronaldo foi o protagonista de mais uma ótima chance. Ele cobrou falta rasteira, por baixo da barreira, e a bola bateu no pé da trave. No rebote, Essien chutou de primeira, desequilibrado, e a bola subiu demais.
No fim do tempo regulamentar, o Atlético até criou chances, mas sempre com cruzamentos na área, que a defesa do Real conseguia afastar. Apesar da pressão, o segundo tempo chegou ao fim com o empate por 1 a 1 – o duelo foi para a prorrogação.
No tempo extra, a primeira boa chance aconteceu aos 5 minutos. O brasileiro Diego Costa entrou na área e chutou, mas o arremate saiu fraco, e o goleiro Diego López defendeu sem maiores problemas.
O Atlético insistia, e a insistência resultou em um gol salvador. Aos 8 minutos, após uma bola lançada na área, o zagueiro Miranda antecipou-se à defesa do Real Madrid e desviou de cabeça, marcando o segundo gol. A torcida do Atlético, que invadiu o Bernabéu, fez o estádio do adversário explodir em festa.
Aos 8 minutos, Cristiano Ronaldo dividiu com Gabi e tentou atingir o adversário quando estava no chão. O português não chegou a machucar o rival, mas Gabi fez uma encenação e o árbitro deu cartão vermelho direto para o português. Foi a terceira expulsão de Ronaldo pelo Real.
Em meio à confusão iniciada, até os bancos de reservas entraram na briga. Mas apenas o lusitano foi punido com o vermelho. O goleiro Courtois foi atingido com o objeto lançado da arquibancada, mas conseguiu continuar no jogo.
Ainda deu tempo de Di María faz boa jogada pela esquerda e tentar um cruzamento que Mario Suárez afastou; os madridistas pediram toque de mão, mas não tinham motivos para reclamar; a bola tocou a barriga do jogador do Atlético.
Deu tempo, também, de Gabi levar o segundo cartão amarelo e também deixar o jogo. Mas, aquela altura, já não importava mais. Era o fim de um tabu de 14 anos e 25 jogos.
Era o início da festa do Atlético de Madri, campeão da Copa do Rei.
FONTE: ESPN
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