Rouquidão, piadas e currículo 'imponente': a 1ª entrevista coletiva de Felipão com uniforme

Relaxado. Esta é a melhor palavra para definir como Luiz Felipe Scolari se apresentou para a entrevista coletiva em Wembley, nesta terça-feira, véspera de Brasil x Inglaterra. Novamente como técnico da seleção, devidamente uniformizado - o treino aconteceria duas horas depois -, ele não se intimidou com a presença maciça de jornalistas brasileiros e ingleses. Todas as perguntas tiveram uma resposta.
Mas uma coisa o venceu na reestreia: a rouquidão.

Felipão precisava fazer força para limpar a garganta antes de responder. Água e pastilhas foram usadas na tentativa de amenizar o problema. Assim que sua voz saía, porém, tudo foi nítido.

As piadas também fizeram parte da "sabatina" do treinador. Logo antes da primeira pergunta, Scolari falou ao repórter Oswaldo Paschoal, da Rádio Globo: "Calma, Pascoal. Primeiro vamos deixar o meu amigo português aqui perguntar". Após longa espera e já quase no final da coletiva, o repórter brasileiro finalmente pôde questionar o técnico, que brincou: "Tá vendo só, Pascoal? Como diz o ditado, os últimos sempre serão... os últimos".

Questionado sobre como faria para orientar os jogadores à beira do campo, já que gosta de participar da partida, o pentacampeão mundial explicou: "Murtosa... A moda agora não é 'Fazer assim para falar (cochichando no ouvido do tradutor)', já que vocês captam tudo? Ele vai lá pro meio do campo".

O tradutor da entrevista também foi alvo das brincadeiras. Indagado pelos jornalistas da casa para dizer algumas palavras em inglês, o treinador apontou para o lado e disse: "Isso é com ele. Ele me substitui".

Luiz Felipe Scolari saiu um pouco do tom relaxo ao ser perguntado sobre por que foi chamado para comandar a seleção sendo que seu último trabalho pelo Palmeiras não fora dos melhores.
A resposta, na íntegra, abaixo:

"Quando eu estava aqui, o Chelsea estava classificado para a próxima fase da Champions, era terceiro do campeonato e classificado pra a FA Cup. Não tenho problema nenhum em dizer que estava razoavelmente bem no Chelsea. Meus problemas lá foram outros. No Bunyodkor, foi campeão invicto com 28 vitórias e dois empates. E o Uzbequistão está jogando a parte final das eliminatórias e está em segundo ou terceiro em seu grupo para se classificar a uma Copa do Mundo na qual nunca esteve. Algum trabalho foi bem feito lá, não só por mim, mas pelos atletas brasileiros que lá estiveram. O Palmeiras não ganhava nada ha dez anos e ganhou uma Copa do Brasil. portanto, nao sei por que não mereceria uma oportunidade na seleção ou em outro clube. O trabalho é razoavelmente bem feito do Chelsea até aqui".

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