Em outubro, Massimiliano Allegri anunciava que seu Milan seria forte no Natal. Papai Noel não veio. O Milan figurava pelo sétimo, oitavo lugares na virada do ano. E, então.
Ciao, Pato! E se Robinho tivesse algum troxa para pagar, ciao também! O MIlan passou a ser o time de Niang, Pazzini, principalmente El Shaarawy. E de Balotelli, depois da contratação mais pesada de janeiro.
Do reveillón para cá, o Milan venceu cinco vezes, empatou duas, só perdeu para a Juventus na Copa Itália, antes de enfrentar o Barcelona.
Digamos que Allegri tenha errado sua previsão por três semanas.
Mas a mudança, nem Berlusconi percebeu, ou não teria dito, no dia 10 de fevereiro, a frase que fez a Itália ficar mais vermelha, do que verde e branca, de tanto rir: "Allegri: Non capisce un cazzo!" (Allegri: Não entende um catso!"
O Milan marcou pressão no começo do jogo e resistiu ao toque de bola do Barcelona, com Boateng voltando pelo lado direito, para transformar seu 4-3-3 num 4-5-1 intransponível.
Berlusconi dizia que o único jeito de enfrentar o Barcelona era atacá-lo desde o início.
O Milan atacou no início.
Mas não do início ao fim. Berlusconi, diga-se, não capisce un cazzo! Não da arte de transformar um time modesto, remodelado, em competitivo.
O Barcelona pode virar no retorno, no Camp Nou.
Mas não é minha aposta. Marcar um gol, o Milan pode na Espanha. E, nesse caso, a virada será difícil para o Barcelona.
Não fazer gol como visitante pode ter sido fatal.
Mas isso não significa que existam sinais tão claros de declínio do Barça, como já houve de crescimento do Milan. Em 2007, o Barcelona foi eliminado pelo Liverpool nas oitavas-de-final. Não acabou.
Podem estar fazendo falta os técnicos Guardiola e Villanova, substituídos pelo assistente Jordi Roura. Podem. Ou pode ser apenas o fato de o Papai Noel, de Massimiliano Allegri, ter chegado atrasado, em fevereiro.
Responder Encaminhar
FONTE: PVC
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