Ainda não é possível dizer que o Grêmio é cara fora do baralho, mas é óbvio que os favoritos ao título brasileiro são Atlético Mineiro e Fluminense. Uma disputa como a de 1970, quando o Flu foi campeão nacional, com o Palmeiras em segundo, mas numa decisão contra o Atlético.

Contra o Internacional, o Fluminense não foi pragmático o tempo todo. Temve bom tempo de posse de bola, no campo de ataque, na primeira etapa, ainda que seu gol tenha nascido de um contra-ataque mortal puxado por Wellington Nem. Apesar do gol de Fred, Nem foi o principal homem do jogo, responsável também pelo segundo cartão amarelo aplicado contra o lateral Nei, expulso aos 12 minutos da segunda etapa.

O Galo é menos pragmático, mais decisivo. Percebendo seu time sem inspiração contra o Palmeiras guerreiro do primeiro tempo no Independência, Cuca foi ao ataque. Escalou Escudero como meia de ligação junto com Ronaldinho Gaúcho, abriu Guilherme e Bernard e usou a velocidade.

Bernard, o melhor em campo, fez dois gols e foi o homem da velocidade também na bola que resultou no escanteio do primeiro gol. Lançado às costas da zaga, bateu cruzado e obrigou Bruno a desviar para escanteio -- a bola sairia em tiro de meta se o goleiro palmeirense não desviasse.

O Atlético joga mais bonito.
O Fluminense é muito forte.
Em teoria, nesta semana o Flu tem tabela menos complicada. Pode deslanchar se vencer a Portuguesa no Canindé e o Atlético Goianiense no Engenhão. Por isso, o Galo não pode perder pontos para São Paulo no Independência e Náutico nos Aflitos.