quarta-feira, 30 de maio de 2012

Brasil tem ampla vantagem, mas história mostra duelos apertados com os EUA; relembre


A seleção brasileira chega para o confronto com os Estados Unidos, nesta quarta-feira, em Washington, com um retrospecto invejável. São 15 vitórias e apenas uma derrota no confronto com os norte-americanos. Mas o que a história mostra é que, embora o Brasil costume sair vencedor, o duelo é muito acirrado.

A primeira vez que Brasil e Estados Unidos se enfrentaram foi em 17 de agosto de 1930, em um amistoso no Rio de Janeiro. No primeiro jogo da seleção após a Copa do Mundo daquele ano, os brasileiros venceram por 4 a 3, com gols de Doca, Carvalho Leite, Teóphilo e Preguinho, atacante do Fluminense que entrou na história por ter marcado o primeiro gol brasileiro em Mundiais.
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O segundo duelo aconteceu apenas em 1992, novamente em um amistoso e mais uma vez no Brasil. A seleção de Carlos Alberto Parreira, formada apenas por jogadores que atuavam em clubes brasileiro, venceu por 3 a 0 em Fortaleza, com um gol de Antônio Carlos e dois de Raí. 

Naquele mesmo ano, as duas seleções se reencontraram para outro amistoso, desta vez em Los Angeles. Mais uma vez, os brasileiros venceram, desta feita por 1 a 0, com um gol de Bebeto. Como a Copa de 1994 seria realizada nos Estados Unidos, a seleção do país fazia uma maratona de amistosos. E enfrentar a seleção brasileira, então tricampeã mundial, dava mais moral para a equipe formada pelo técnico Bora Milutinovic.

Então, em 1993, as equipes encontraram-se mais uma vez, pela US Cup, torneio que reunia norte-americanos, brasileiros, alemães e ingleses. O Brasil venceu por 1 a 0, com gols do atacante Careca e do lateral-direito Luis Carlos Winck.

O grande duelo - Depois de três encontros em menos de um ano e meio, Brasil e Estados Unidos voltariam a se enfrentar justamente no Mundial. O duelo mais importante da história do confronto aconteceu nas oitavas de final, em um feriado de 4 de julho, em San Francisco. O jogo, que já era tenso por toda a expectativa criada pela torcida, ficou ainda mais nervoso quando Leonardo foi expulso, ainda no primeiro tempo, por ter dado uma cotovelada em Tab Ramos. 

Romário teve papel decisivo na vitória suada por 1 a 0 sobre os EUA em 1994
Romário teve papel decisivo na vitória suada por 1 a 0 sobre os EUA em 1994
Crédito da imagem: Reuters

Na segunda etapa, quando os norte-americanos já jogavam com a possibilidade de segurar o ataque brasileiro e tentar a sorte nos pênaltis, surgiu a genialidade de Romário. O atacante enfileirou os marcadores e tocou para Bebeto chutar cruzado, no cantinho do gol defendido por Tony Meola. O brasileiro estava nas quartas de final, dando um passo importante rumo ao tetra, conquistado 13 dias depois.

Rivais frequentes - Após o duelo mais importante da história do confronto, Brasil e Estados Unidos passaram a jogar ainda mais frequentemente. Em 1995, pela Copa América, os brasileiros venceram novamente por 1 a 0 desta vez com gol do zagueiro Aldair.

Se em 1995 o Brasil encarou a equipe ianque como convidada da Copa América, no ano seguinte a história se inverteu: os brasileiros foram chamados para a disputa da Copa Ouro. E, pela terceira vez consecutiva, a vitória aconteceu pelo placar mínimo, desta vez com o atacante Sávio balançando as redes.

A única derrota - Depois de perderem três partidas consecutivas por 1 a 0, os norte-americanos deram o troco com a mesma moeda em 10 de fevereiro de 1998. O gol histórico foi marcado por sérvio naturalizado Predrag Radosavljevic - conhecido como Preki - e tirou o Brasil da disputa pelo título da Copa Ouo.

Naquele duelo histórico para o futebol nos EUA, o Brasil entrou em campo no Coliseum, em Los Angeles, com Taffarel; Zé Maria, Junior Baiano, Gonçalves e Júnior; Mauro SIlva, Flavio Conceição, Zinho e Sérgio Manoel; Edmundo e Romário. A derrota foi o fim de uma campanha terrível, que teve ainda empates com Jamaica e Guatemala.

Troco mínimo - Depois de sofrer sua única derrota para os Estados Unidos em 1998, a seleção brasileira voltou a superar os rivais no ano seguinte. E, mais uma vez, a resposta veio com uma vitória apertada, por 1 a 0. O duelo de 1999 foi pela Copa das Confederações, disputada no México, e teve gol de Ronaldinho Gaúcho e pênalti defendido por Dida.

A sequência de resultados apertados continuaria nos anos seguintes: em 2001, vitória por 2 a 1 em amistoso na Califórnia, com gols de Ronaldinho Gaúcho e Euller; em 2003, pela Copa das Confederações, mais uma vitória por 1 a 0, desta vez com gol de Adriano; ainda em 2003, a seleção olímpica enfrentou o time profissional dos EUA e venceu por 2 a 1 com gol de ouro, depois do 1 a 1 no tempo regulamentar, gols de Kaká e Bocanegra..

Enfim, mais gols - A era de gols minguados nos confrontos entre Brasil e Estados Unidos só começou a terminar, mesmo, em 2007, com a vitória brasileira por 4 a 2 em duelo amistoso em Chicago. Comandada por Dunga e com Afonso e Robinho no ataque, a seleção venceu com gols de Lúcio, Ronaldinho Gaúcho e Elano - Onyewu, contra, também marcou.

Em 2009, na Copa das Confederações, brasileiros e norte-americanos voltaram a se encontrar. E, naquela vez, em dose dupla, com direito a oito gols. No primeiro duelo, pela fase de grupos, o Brasil fez 3 a 0, com Felipe Melo, Robinho e Maicon. 

Felipe Melo balançou as redes em duelo da Copa das Confederações em 2009
Felipe Melo balançou as redes em duelo da Copa das Confederações em 2009
Crédito da imagem: Reuters

Mas o grande jogo entre as duas seleções aconteceu na grande decisão. Os EUA surpreenderam a Espanha nas semifinais e abriram 2 a 0 na final contra os brasileiros, com Dempsey e Donovan. Mas, na segunda etapa, os brasileiros viraram com dois de LUis Fabiano e um do capitão Lúcio.

A primeira de Mano - Depois da queda do Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo, contra a Holanda, a palavra de ordem era renovação. E foi com uma seleção cheia de caras novas que o técnico Mano Menezes - ele, também, novo na seleção - chegou a Nova York para enfrentar os Estados Unidos, em 10 de agosto de 2010.

As apostas do treinador deram certo: David Luiz destacou-se na defesa, Paulo Henrique Ganso comandou o meio-campo, Neymar e Pato marcaram os dois gols. Todos eles foram ignorados por Dunga na lista de atletas que foram à África do Sul, mas ajudaram Mano a começar bem seu caminho na seleção.

Raio-x do confronto:
16 jogos
15 vitórias do Brasil
1 vitória dos Estados Unidos
31 gols do Brasil
10 gols dos Estados Unidos
1 x 0 é o placar mais comum (7 vezes)

10/08/2010 - Brasil 2 x 0 Estados Unidos - amistoso
28/06/2009 - Brasil 3 x 2 Estados Unidos - Copa das Confederações
18/06/2009 - Brasil 3 x 0 Estados Unidos - Copa das Confederações
09/09/2007 - Brasil 4 x 2 Estados Unidos - amistoso
23/07/2003 - Brasil 2 x 1 Estados Unidos (gol de ouro) - Copa Ouro
21/06/2003 - Brasil 1 x 0 Estados Unidos - Copa das Confederações
03/03/2001 - Brasil 2 x 1 Estados Unidos - amistoso
28/07/1999 - Brasil 1 x 0 Estados Unidos - Copa das Confederações
10/02/1998 - Brasil 0 x 1 Estados Unidos - Copa Ouro
18/01/1996 - Brasil 1 x 0 Estados Unidos - Copa Ouro
20/07/1995 - Brasil 1 x 0 Estados Unidos - Copa América
04/07/1994 - Brasil 1 x 0 Estados Unidos - Copa do Mundo
06/06/1993 - Brasil 2 x 0 Estados Unidos - US Cup
02/08/1992 - Brasil 1 x 0 Estados Unidos - amistoso
26/02/1992 - Brasil 3 x 0 Estados Unidos - amistoso
17/08/1930 - Brasil 4 x 3 Estados Unidos - amistoso

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