Mano pede menos individualidade, mas valoriza aprendizado após derrota

Após a derrota por 2 a 0 para o México, que pôs fim à sequência de oito vitórias consecutivas da seleção, o técnico Mano Menezes preferiu enaltecer o ‘aprendizado’ da seleção do Brasil com o resultado negativo. Apesar disso, o treinador deu um ‘puxão de orelha’ pelo excesso de individualismo em algumas jogadas, sobretudo no primeiro tempo.

“Como vínhamos de duas vitórias significativas, com a seleção jogando bem, apressamos demais o jogo, e como tivemos o México postado atrás, oferecemos dez contra ataques só no primeiro tempo, porque fomos para o lance individual. Com eles bem postados, não tem que ir para o jogo individual porque você dá o que o adversário quer”, disse o treinador.

Como exemplo das jogadas individuais, Mano também comentou o desentendimento de Neymar com alguns jogadores mexicanos após algumas faltas. “Os atacantes nãos gostam de marcação muito próxima e se irritam um pouco, mas é um aprendizado. Temos falando isso, que precisa rodar a bola mais rápido, se movimentar e só quando se enfrenta esse obstáculo que se cresce”.

Mesmo com os erros, Mano afirmou que a derrota é até ‘natural’, já que o México apresenta uma seleção com maior rodagem do que o Brasil. Com uma média de 22 anos e com apenas um jogador que esteve na Copa do Mundo de 2010, a seleção brasileira teve pela frente um adversário com média de 27 anos e dez jogadores remanescentes da última Copa do Mundo.

“Os mexicanos são mais rodados, e essas equipes te dão parâmetro maior, mas sabíamos que íamos oscilar porque com esse time tínhamos dois jogos apenas e o México soube aproveitar isso. Não soubemos resolver todas as dificuldades que apareceram, saímos atrás do marcador e não conseguimos nos recuperar”, finalizou Mano, na entrevista coletiva pós-jogo.