terça-feira, 12 de março de 2013

Agressão de torcedores fez recém-chegado Vilson considerar saída do Palmeiras



Vilson tinha um compromisso para resolver no banco na semana passada. Não resolveu. Preferiu aguardar a poeira baixar após as agressões sofridas pelo elenco do Palmeiras em Buenos Aires, na última quinta-feira, na volta do confronto com o Tigre, pela Libertadores. Uma das novidades do time nessa temporada, autor de um dos gols no clássico contra o Corinthians e elogiado pelos colegas, o atleta abriria mão de tudo isso se algo de mais grave tivesse acontecido com ele no aeroporto.

Poderia ter saído do clube. Sou pai de família. Passando por uma situação assim, teria medo de andar pela cidade com minha esposa e meu filho. Então, acho que seria o caso de pensar até em mudar de ares”, afirma o volante.

Antes de acertar sua saída do Grêmio, Vilson admite ter considerado os casos anteriores de violência protagonizados pela torcida alviverde contra jogadores. Na ocasião, não acreditou que pudessem voltar a se repetir.

Ainda surpreso e assustado com as cenas que acompanhou no retorno da Argentina, o volante pede uma reflexão por parte dos torcedores.

“Se aqueles que fizeram isso forem um pouco inteligentes, vão ver que agiram errado. Têm que procurar respeitar mais porque, apesar de termos uma profissão como jogador de futebol, somos cobrados diariamente e lidamos com uma carga de pressão imensa para depois ficar apanhando na rua de um ou outro. É preciso colocar a ‘cabecinha’ para pensar e não fazer mais isso”, desabafou.

Fã das redes sociais, Vilson ressalta que o “ato de vandalismo” foi obra de “seis, sete pessoas da organizada” que não respondem por toda a torcida. Segundo ele, as mensagens de apoio têm sido constantes após o episódio. Ao menos por enquanto, ele não vê necessidade de seguir a ideia cogitada pelo presidente palmeirense Paulo Nobre, em entrevista coletiva na semana passada, de andar com seguranças pelas ruas.

“Nem passa pela cabeça. Até porque não devo nada a ninguém. Minha vida é bem tranquila. Ajo da melhor forma e sempre penso com a cabeça antes. É claro que tem torcedores que cobram, mas o respeito tem que ser mútuo”, conclui.


FONTE: ESPN

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