sábado, 9 de março de 2013

Eleição na Unimed coloca em xeque patrocínio e gastos com o Fluminense



Marcada para a próxima terça-feira, a eleição para o Conselho Fiscal da Unimed-Rio coloca o Fluminense no centro das discussões. Pela segunda vez, a atual gestão da cooperativa, presidida por Celso Barros, terá oposição. Disputa que já chegou até a Justiça e que pode comprometer a parceria entre clube e patrocinadora, desestabilizando uma relação que já dura 14 anos.

A contestação aos valores pagos pela cooperativa ao clube tricolor é um dos principais pontos de questionamento do “Movimento Chapa 2”. Sob o lema “Transparência e Ética Já”, os integrantes elencam 10 razões para serem votados. Entre elas, há motivos como: “Garantir que a caixa-preta seja aberta” e “Garantir a ética e a transparência da Cooperativa”.

Sob o grifo da pergunta “Você Sabia?”, o movimento traz ao público números que são tratados como confidenciais por clube e patrocinador. Entre eles, que o valor do patrocínio do Tricolor chega a R$ 100 milhões por ano e que os salários de alguns jogadores são pagos com verba direta da cooperativa. Fred, Abel, Deco e outros jogadores são citados no material. O valor de patrocínio, se verdadeiro, chega a ser 10 vezes maior do que a Peugeot pagará ao Flamengo, neste ano, R$ 8,4 milhões, por exemplo.


Marcada para a próxima terça-feira, a eleição para o Conselho Fiscal da Unimed-Rio coloca o Fluminense no centro das discussões. Pela segunda vez, a atual gestão da cooperativa, presidida por Celso Barros, terá oposição. Disputa que já chegou até a Justiça e que pode comprometer a parceria entre clube e patrocinadora, desestabilizando uma relação que já dura 14 anos.

A contestação aos valores pagos pela cooperativa ao clube tricolor é um dos principais pontos de questionamento do “Movimento Chapa 2”. Sob o lema “Transparência e Ética Já”, os integrantes elencam 10 razões para serem votados. Entre elas, há motivos como: “Garantir que a caixa-preta seja aberta” e “Garantir a ética e a transparência da Cooperativa”.

Sob o grifo da pergunta “Você Sabia?”, o movimento traz ao público números que são tratados como confidenciais por clube e patrocinador. Entre eles, que o valor do patrocínio do Tricolor chega a R$ 100 milhões por ano e que os salários de alguns jogadores são pagos com verba direta da cooperativa. Fred, Abel, Deco e outros jogadores são citados no material. O valor de patrocínio, se verdadeiro, chega a ser 10 vezes maior do que a Peugeot pagará ao Flamengo, neste ano, R$ 8,4 milhões, por exemplo.


Carta do 'Movimento Chapa 2'


Ao fim, uma frase dá o tom da campanha: “É nosso direito saber o que acontece com a nossa empresa. Não tenha medo!”:

Reprodução
Trecho final da carta do 'Movimento Chapa 2'
Trecho final da carta do 'Movimento Chapa 2'  

Futuro

Dentro da cooperativa, o movimento é visto como uma prévia da eleição para a presidência da Unimed no ano que vem. Se fizer o Conselho Fiscal, a oposição pretende investigar todo o repasse de verba da cooperativa para o Fluminense e seus jogadores, entre outras despesas inerentes à atividade médica. Perdendo ou ganhando, o objetivo do movimento é lançar candidato à presidência. E esse resultado está diretamente ligado ao futuro da parceria entre patrocinador e clube.

Justiça

No decorrer da eleição, a oposição listou uma série de perguntas que não foram respondidas pelo Conselho Fiscal e ingressou com uma ação na Justiça cobrando resposta. Entre salários de médicos e investimentos em obras para construção de unidades hospitalares, estão dúvidas quanto aos valores pagos ao Fluminense. A ação corre na 1ª Vara Cível do Fórum da Barra da Tijuca e ainda não teve decisão.

Na última semana, numa carta aos cooperados, a Diretoria Executiva da Unimed se manifestou. Entre os seis tópicos de resposta, está o “Patrocínio do Fluminense”. No texto, a atual gestão se defende afirmando que o clube trouxe para a cooperativa um aumento da base de associados de 230 mil, para 1 milhão. E que o valor total das ações de marketing da Unimed é de R$ 56 milhões. 

Reprodução
Íntegra da carta da Diretoria Executiva da Unimed enviada aos cooperados
Íntegra da carta da Diretoria Executiva da Unimed enviada aos cooperados
Ainda na última semana, os atuais integrantes do Conselho Fiscal também se manifestaram através de carta aos cooperados. Dizendo-se “perplexos e preocupados” com as “calúnias” contra os conselheiros, eles afirmam ter autonomia perante a direção, ou seja, Celso Barros.

Site e intimação

Em paralelo à ação na Justiça, a oposição mantém uma página na internet em que repete os questionamentos à atual diretoria. Mais uma vez, o patrocínio da Unimed ao Fluminense ocupa lugar de relevância, numa seção exclusiva para retratar notícias a respeito dos valores da parceria.

Reprodução
Site da oposição; nele, aparecem mais questionamentos à atual diretoria
Site da oposição; nele, aparecem mais questionamentos à atual diretoria

Criado em outubro passado, a página começou com tímidas 79 visitas diárias, para picos como o apresentado em janeiro, quando recebeu 1.656 visualizações, num só dia. As informações contidas no site provocaram uma nova ofensiva jurídica, desta vez, pelo escritório que representa Celso Barros. Na última segunda-feira, os integrantes da Chapa 2 receberam uma intimação requerendo a imediata suspensão da página. Até às 18h de ontem, ela continuava ativa.

ESPN procurou os responsáveis pela Chapa 2. Eles não quiseram comentar as eleições, nem a disputa judicial. Também perguntamos à Unimed qual o valor do contrato de patrocínio com o Fluminense. Eles responderam que trata-se de “informação estratégica e confidencial da empresa, que se reserva ao direito de não informar o aporte em cada projeto”.

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