segunda-feira, 1 de abril de 2013

Empresário por trás de 'batismo' da Fonte Nova foi de vendedor de ovos a 13º mais rico do Brasil



Com uma Kombi velha, lotada de ovos, Walter Faria, o 13º brasileiro mais rico do país, entra acenando para torcedores de Bahia e Vitória no gramado da Itaipava Arena Fonte Nova.

A cena, que poderia ser vista no próximo domingo, na inauguração do estádio baiano, é uma síntese da vida do empresário que, com uma de suas nove empresas, ‘batizará’ uma das novas arenas brasileiras para a Copa das Confederações-2013 e Copa do Mundo-2014.


De novo nome, Arena Fonte Nova está pronta para o Ba-Vi de inauguração deste domingo
Nesta segunda-feira, o grupo Petrópolis, presidido por Walter Faria, anunciou que pelos próximos 10 anos estampará o nome de uma de suas marcas no estádio que outrora foi conhecido simplesmente por Fonte Nova, com investimento total de R$ 100 milhões (R$ 10 mi anuais).

A cifra é irrisória comparada a fortuna de 6,1 bilhões de dólares que Faria construiu a frente do grupo Petrópolis, atualmente terceiro maior conglomerado do ramo cervejeiro no Brasil. O número impressiona ainda mais se for levada em consideração o que o empresário fazia há 30 anos.

Na cidade de Fernandópolis, a mais de 500km da capital de São Paulo, em meados da década de 80, Faria vendia ovos com sua Kombi. Dez anos mais tarde, o empreendedor comprava uma indústria de algodão para dar seu primeiro passo no mundo dos negócios.
Walter Faria é o homem por trás do 'batismo' da Fonte Nova


Ainda nos anos 90, Faria desfez-se da algodoeira para se tornar o principal distribuidor da marca Schincariol na região. O ano de 1998, porém, foi o que mudou sua vida. Enquanto o Brasil perdia a Copa do Mundo para a França, o empresário comprava a fábrica de cerveja Itaipava, de Petrópolis.

Há 15 anos, Faria tinha certeza que o investimento poderia o colocar em outro patamar financeiro, mas não imaginava que seria cruzando novamente o caminho do esporte que poderia construir um verdadeiro império e ameaçar o poderio, quase hegemônico, das maiores cervejarias brasileiras.

Em 2011, o grupo Petrópolis investiu mais de 20% de seu orçamento destinado ao marketing em eventos esportivos. Com R$ 22,4 milhões, a empresa patrocinou equipe e pilotos na fórmula Indy, Stock Car e Fórmula Truck e causou um mal estar na família Faria, entre o tio Walter e o sobrinho Cléber.

Ex-diretor comercial, Cléber perdeu a queda de braço para seu tio, que percebeu que poderia usar o esporte para fortalecer suas marcas e, desde então, não fechou a torneira de investimentos, que são derramados também em atletas de MMA, com o energético TNT, e, mais recentemente, no futebol.

Em 2013, a Itaipava, além da Arena Fonte Nova, terá seu nome ligado também à Copa do Brasil, como patrocinadora oficial da competição, desbancando a rival do ramo, Ambev, que até então detinha o ‘título’ no torneio. Para levar a melhor sobre a concorrente, foram R$ 6,1 milhões de investimento.

                              Petrópolis está presente no automobilismo, MMA e futebol
Cada vez mais forte no mundo do automobilismo, das lutas e, agora, no futebol, Faria e o grupo Petrópolis ainda não se dão por satisfeitos. Segundo informações da Folha, o próximo passo da empresa é costurar acordo similar ao da Fonte Nova com a Arena Pernambuco, para batizar seu segundo estádio.

Ganhando cada vez mais campo no esporte, o grupo Petrópolis encontrará, porém, um marcador de peso a partir de agora. Ao menos durante a Copa do Mundo e das Confederações, a empresa terá que driblar ninguém menos que a Fifa se quiser continuar atrelada ao esporte mais popular do Brasil.

Em contrato, a Fifa não permite publicidade de empresas concorrentes de seus patrocinadores durante os seus eventos. Assim, com vínculo com a Ambev e a Budweiser, a entidade que gere o futebol tem tudo para jogar um balde de água quente na cerveja de Walter Faria.

FONTE: GOOGLE

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