domingo, 9 de junho de 2013

Sem brilhar, Brasil bate a França e, enfim, vence um grande



Não foi uma exibição de gala, apesar do placar. Mas pelo menos a seleção brasileira acabou neste domingo, em Porto Alegre, com a sina de não conseguir vencer rivais de tradição.

Oscar recebeu passe de Fred para abrir o placar na Arena do Grêmio

Com gols de Oscar, que mais uma vez foi melhor que Neymar, Hernanes e Lucas (seu primeiro tento em 2013), o time de Felipão venceu a França por 3 a 0, no último teste antes na estreia da Copa das Confederações.

Desde o final de 2009, quando ganhou da Inglaterra, o Brasil não sabia o que era vencer um time campeão mundial. Fez isso contra uma equipe francesa esfacelada e em forte crise técnica (é apenas a 18ª colocada no ranking da Fifa, quatro postos acima dos brasileiros). O triunfo também encerrou um jejum de 21 anos sem ganhar da seleção francesa.

Foi só a segunda vitória em sete jogos do time nacional sob o comando de Felipão. No anúncio das escalações, o mais aplaudido foi o treinador, que é gaúcho. E o jogo também começou com a torcida tendo motivos para se animar.

Com menos de dois minutos, o Brasil teve duas chances de marcar, uma com Neymar, depois de trapalhada do goleiro Lloris, e outra com Fred. Mas logo a torcida gaúcha confirmou a fama de ter pouca paciência com a seleção.

Nos primeiros erros de passe de Luiz Gustavo, já se ouviam pedidos por Fernando, volante do Grêmio. E antes dos 15min era a França que mais atacava, com Benzema se deslocando e confundindo a marcação brasileira.


Hernanes marcou o segundo gol do Brasil

Em um contra-ataque, Neymar foi parado com falta na entrada da área. Infração perigosa que ele mesmo bateu, mas com a mesma incompetência nas bolas paradas que é a marca desta nova era Felipão.

Jogando pelo lado direito do ataque, Hulk, mais uma vez sob desconfiança da torcida, era o brasileiro que criava as melhores jogadas. E com elas o Brasil não conseguiu abrir o placar no primeiro tempo, mas pelo menos foi para o intervalo sob aplausos.

Os dois times voltaram para o segundo tempo sem alterações. E a metade final do jogo começou novamente com Hulk sendo o mais inspirado atacante brasileiro.

Mas ele não participou do lance que colocou o Brasil em vantagem. Aos 9min, Luiz Gustavo roubou uma bola, com falta para os franceses, e tocou para Fred, que cruzou para Oscar dominar e chutar para marcar o primeiro gol.

Lucas fechou o placar, de pênalti; seu primeiro gol em 2013

O jogo, que até então era equilibrado, deu a impressão que teria amplo domínio brasileiro. Mas não foi o que aconteceu. A França partiu para cima e, com David Luiz desatento, teve duas chances seguidas para empatar.


Felipão resolveu então reforçar a marcação. Fernando, o mais pedido pela torcida, entrou na vaga de Oscar. Aplausos para a entrada do primeiro e vaias para a saída do segundo. Além dessa troca, Lucas entrou no posto de Hulk.

E o Brasil conseguiu acabar o jogo tranquilo, depois do segundo gol aos 38min, em jogada trabalhada que acabou com Neymar ajeitando para Hernanes chutar e vencer Lloris.

Nos acréscimos, Marcelo avançou da esquerda para a direita e, ao tentar se livrar da marcação, acabou derrubado dentro da área. Lucas, em cobrança de pênalti, fez o terceiro, o seu primeiro gol no ano.

Logo depois do jogo, os atletas da seleção entram em folga. A reapresentação é na noite desta segunda-feira, em Goiânia, onde o time treinará até quarta-feira. De lá, vai de ônibus até Brasília, palco da estreia na Copa das Confederações contra o Japão, no sábado.

FICHA TÉCNICA:
BRASIL 3 X 0 FRANÇA


Data: domingo, 9 de junho de 2013
Local: Arena Grêmio, em Porto Alegre
Árbitro: Victor Carrilo (PER)
Público pagante: 51.693 pagantes
Renda: R$ 6.833.515,00.
Cartões Amarelos: David Luiz (BRA)
Gols: Oscar, aos 9min, Hernanes aos 38min e Lucas aos 47min do segundo tempo

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago SIlva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo (Hernanes), Paulinho (Dante) e Oscar (Fernando); Neymar (Bernard), Fred (Jô) e Hulk (Lucas)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

França: Lloris; Debuchy, Rami, Sakho e Matthieu; Cabaye (Gomis), Matuidi (Grenier), Guilavogui; Payet e Valbuena (Giroud); Benzema (Lacazette).
Técnico: Didiers Deschamps
FONTE: ESPN

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