quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sunset sem ondas, reflexões sobre Haleiwa

Torrey continua entubando e perdendo baterias. Sunset.

A segunda etapa da Tríplice Coroa Havaiana de Surf, em Sunset, começou ontem, 27 de novembro. Hoje não rola, as ondas diminuíram muito.

É uma onda complexa e os havaianos aproveitam toda sua experiência com o power das direitas “transformers”. Isso não impediu que Jano Belo, Peterson Crisanto e Ricardo dos Santos tenham passado, mesmo que na segunda colocação. Sim, sim, no Hawaii os eventos acontecem sempre em baterias com quatro atletas. Acho justo e mais animado. Ainda há muitos nomes para entrar no jogo nas próximas fases, que podem recomeçar na sexta ou sábado. Mas, enquanto as ondas não melhoram, ainda estou pensando em Haleiwa.

SOBRE NOTAS E OUTROS DETALHES

As notas dependem sempre do momento do mar e devem seguir um padrão comparativo dentro da mesma bateria. Ou seja, não dá para comparar uma nota da bateria de ontem com a de hoje, a não ser que o mar estivesse muito parecido. Ok, entendo perfeitamente. Mas algumas situações mostram que a ASP precisa explicar um pouco melhor como estão chegando a certas conclusões e scores.

Exemplo. No Reef Hawaiian Pro, Torrey Meiter fez a única nota dez do evento dropando uma bomba, de peito. Levantou na base, pegou dois tubos e errou o aéreo no final. Pode ser que os tubos, comparados às outras ondas da bateria, mereceram essa nota. Mas para mim 10 só deveria rolar numa onda surfada com perfeição, seja lá o que isso queira dizer, de cabo a rabo ou, no caso, junção. Bom, a justiça divina fez com que esse fosse um daqueles dez karmáticos, onde o dono não passa a bateria.

Dane Reynolds culpou a prancha maior por essa manobra inesperada.

Alguns eventos apresentam um alto índice de notas acima de 9 e alguns 10. O problema é que, quando comparamos um 10 com o outro, há diferença. Acho que está na hora de instituírem uma nota 11, coisa que já foi realmente cogitada nas internas, ou repensar um pouco as notas que estão sendo computadas. 

Dane Reynolds realizou um dos carvings/layback mais insanos. Tudo bem que ele mesmo declarou, depois, que na verdade aquilo tudo foi apenas uma rabetada que não saiu como ele queria. A prancha era grande demais e a rabeta não desgarrou.

Mas o fato é que ele sumiu, com a prancha invertida, no meio da junção, de onde apareceu depois da explosão para delírio de todos na praia e no webcast pelo mundo. A nota? 7.5!

Não sei até agora se concordo com Kelly ou não, mas aquela última onda, na qual Brett virou em cima do Slater, me pareceu uma tremenda rabeada. Podemos até pensar que Kelly não passaria a sessão, com ou sem Brett, mas não costumo duvidar de nada quando se trata de Slater. 

Alejo será Hurley em 2013, mas fez uma bela final com o logo antigo

Na final de Haleiwa John John contou com o auxílio de um jet ski para chegar ao outside antes da bateria começar. Lógico, o garoto já havia remado uns 30 km desde a primeira disputa, pela manhã. Só que os outros três componentes da bateria também. Medina já teve um problema danado durante uma bateria [evento da ASP] por ter ido lá para fora de jet quando a regra era clara: Não pode. Ou será que no Hawaii as regras são outras? Pode isso? Bom, Maluf deveria estar na cadeia e não está. Sarney deveria largar o osso e não larga. Eu gostaria de ser Top da ASP e não sou. O mundo não é justo.

John John surfa ou anda de jet, de moto...

FONTE: EDINHO LEITE

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