Por Aleko Stergiou: Quando comecei a fotografar, o primeiro equipamento no qual investi foi uma caixa estanque, uma câmera que fizesse fotos em sequência e uma lente fisheye, de 15mm.
O objetivo era captar o surfista dentro do tubo. As dificuldades de fotografar com essa lente são inúmeras. Gotas na lente, a distância do surfista, ou, na realidade, a proximidade dele, pois você tem que ficar bem perto do objeto a ser fotografado. Claro, outro detalhe importante é o seu posicionamento para o tubo.
Para conseguir uma boa foto era primordial ter um bom posicionamento no mar e estar sintonia com os surfistas. Uma boa leitura de onda é algo que requer tempo e experiência tanto do surfista quanto do fotógrafo. Era necessário conhecer o equipamento e muita teoria de fotografia.
Hoje é mais fácil, já que é só olhar na telinha da máquina e conferir o resultado. Além disso tudo você ainda pode corrigir cor, luminosidade, brilho... A vida ficou mais fácil, mesmo assim, se perder aquele momento, já era. Especialmente no surf em que as coisas nunca se repetem.
Quando as câmeras digitais entraram em cena o mundo da fotografia mudou e uma enxurrada de novos fotógrafos surgiu no meio do surf.
A foto do surfista Rodrigo Trajano, em Fernando de Noronha, por exemplo, mostra bem a dificuldade de posicionamento, já que há uma fila de fotógrafos, experientes e amadores.
O tubo é o melhor momento do surf. Aquele momento especial com qual todo surfista sonha. O prazer de registrar e poder dividir uma onda com o surfista é incrível. É como se também estivesse pegando aquele tubo. Às vezes algumas pessoas me perguntam: "Você não pega onda, Aleko?". Eu pego, mas o prazer de estar dentro do tubo e eternizar este momento é único. Veja a seguir algumas fotos que considero especiais nas melhores ondas do mundo."
FONTE: Aleko Stergiou
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