segunda-feira, 11 de março de 2013

Toda COVARDIA deve ser castigada! Vasco foi covarde e acabou castigado




Venceu quem jogou futebol.

A Taça Guanabara está muito bem entregue.

O Botafogo foi superior ao Vasco durante os 90 minutos, não deixou de atacar, teve mais posse de bola e venceu merecidamente.

O Vasco foi para o risco. Atuou como time pequeno, se agarrou ao regulamento e apostou no 0 a 0. Dura lição.

Sob comando de Seedorf, o Botafogo mandou na partida e raramente foi ameaçado. Teve mais posse de bola, chutou mais vezes ao gol e massacrou o Vasco, que só se defendeu. É ber verdade que o gol perdido por Carlos Alberto poderia ter mudado a história do jogo, mas não mudou. Ainda bem.

Seria uma tremenda injustiça deixar de ser campeão o time que se propôs a ganhar.

O Botafogo acabou premiado num lance que começou com o toque mágico de Seedorf, passou pelos pés de Bolívar e terminou no belo chute de Lucas.

O Vasco então resolveu se mexer. Tarde demais. Antes do gol alvinegro, Carlos Alberto e Bernardo ainda deram um espetáculo deprimente que quase termina em agressão.

Esse foi o retrato do Vasco na final.

Covarde, o time sucumbiu diante de um corajoso e aguerrido Botafogo.

No contexto geral, não é o resultado que revolta, e sim, a forma como o qual foi construído. Ou melhor: destruído! O problema todo é um time que já é limitado por natureza saber jogar uma decisão. Com covardia e abdicando da vontade de ser campeão por parte de TODOS é que NUNCA SERÁ! A melhor estratégia de uma decisão é dar sua vida, se precisar, pelo troféu que está em jogo. E isso, mais uma vez, não fizemos! Aliado a esse fator, vem da parte do treinador no banco de reservas uma estratégia RIDÍCULA de “abrir mão” de jogar futebol, mesmo com o pouco que tem.
Somos de um tempo em que o Vasco venceu campeonatos, tal como em 1998 em que o grande time “temido” daquela Libertadores era o River Plate, colocando o “coração na ponta da chuteira” e com tesão de chegar ao topo maior do pódio. Não somente o Vasco eliminou o time argentino como fez questão de fazê-lo, dentro de sua casa, no Estádio Monumental de Nuñes. Vi, ainda, essa mesma geração (mais madura e com uma e outra alteração no elenco) virar jogos difíceis, como foi aquela fantástica decisão contra o Palmeiras, pela Mercosul em 2000. 

E vi, também, times inexpressivos e que a torcida do Vasco mal se lembra de sua escalação como foram os times campeões cariocas de 2003 e da Taça Rio de 2004 (tal conforme escrevi semana passada, aqui nesse mesmo espaço) serem campeões na base da CORAGEM, ESPÍRITO GUERREIRO, FORÇA DE VONTADE e MUITO TESÃO! Dali, já tinha deixado bem claro meu posicionamento com relação a esse igualmente time limitado do Vasco: se quisesse ser campeão, era esse o espelho. Gostem ou não daquele time, ele serve de referência pois soube tirar de sua limitação a DETERMINAÇÃO necessária para sagrar-se campeão, em uma final que já era dada como “favas contadas” pelo Fluminense.

Em contrapartida, presenciei times bem superiores tecnicamente, tal como foram os times de 1999 e 2000, perderem as finais nessa mesma circunstância de hoje: jogando pelo empate ou, no segundo caso, pelo resultado igual em duas partidas. Assisti chorando, mas aplaudindo de pé aquele time da Copa União de 1988, eliminado na prorrogação, mas que deu o sangue, o suor e suas lágrimas para que saísse classificado do Maracanã! É evidente que deve-se ter um esquema de jogo, um padrão definido de como domar ao adversário, mas sinceramente, considero que em um futebol tão nivelado por baixo tecnicamente, o que vale mesmo na hora de decidir é a GANA por querer sair de campo campeão.

Somos feito de escolhas: há os que optam por vencer sempre e entrarem com tudo para alcançar seus objetivos, e há os que são “eternamente adormecidos em seu leito com sono profundo” achando que o imponderável sempre jogará ao seu favor e que a sorte irá sempre ajudar aos que NADA FAZEM para merecê-la! Infelizmente, o Vasco de hoje foi o mesmo do que das últimas finais de Taças do Rio de Janeiro: devaneou para o segundo caso. Pensou que bastaria jogar o mesmo que contra o Fluminense na semifinal, mas nem o aspecto GANA nós tivemos! Simples assim!

Da parte de Gaúcho (mais um da série de treinadores – aprendizes que passam por São Januário, tal como Dário Lourenço, Alfredo Sampaio, Tita e Cristóvão Borges já passaram um dia!), a culpa recai simplesmente por pensar que um time que toma gol TODO JOGO não iria tomar nesse, e por esse motivo, arma (será mesmo que armou?!) um esquema de atacar somente se possível fosse com jogadores sob desconfiança de sua produtividade pontual, integrados por dois problemáticos que provaram que assim são tamanho desequilíbrio em uma jogada ofensiva que, de uma discussão, quase acaba em cenas de UFC em plena relva do Engenhão! Compõe-se esse esquema falho com um pseudocorredor que há tempos vive de um lance em uma decisão de Copa do Brasil e que, para mim, só é titular ainda por ser um ativo do clube. Do contrário, mais uma vez a culpa é de quem o mantém, mesmo assim.

E para culminar, sem centroavante fixo de área, por limitações de elenco mesmo. Juntando todos os fatos: um sistema defensivo sempre falho entregue à própria sorte do imponderável, um sistema ofensivo muito discutível, um esquema supostamente mal armado levando-se em consideração esses dois fatores e, o que mais necessitaríamos em uma final, também não marcou presença que seria o TESÃO pela vitória. Enfrentamos um time regido por um grande craque holandês e que teve GARRA e VONTADE para chegar ao título, mesmo sabendo que precisaria de vencer a dois clássicos seguidos para tanto! Como resultado: Botafogo campeão de COM MUITA JUSTIÇA!

O estimado leitor pode até discordar de uma ou outra colocação, pode pensar que nem jogando com vontade de ser campeão o Vasco assim se sagraria pela limitação de seu elenco, de seu treinador, até mesmo pela desestrutura política que o clube atravessa e reforma administrativa que, se para alguns, seria um motivo de fazer política para o bem se o Vasco ganhasse hoje, para outros está servindo nessas horas como “palanque político” para bravatear que time não presta, que está tudo errado, que deve-se mudar do Presidente ao porteiro entre outras coisas chatas que hei de aturar nos próximos dias. Contudo, uma certeza todos nós temos: sairíamos de campo de cabeça em pé, tal como no exemplo de primeiro de fevereiro de 1989 (da Copa União que lhes escrevera) e orgulhosos pela LUTA E DETERMINAÇÃO dada ao meio das adversidades e das limitações técnicas. Nem isso, pudemos presenciar, infelizmente...

O Vasco do amanhã

Não seria um título de turno que tanto queríamos e que nos faria felizes que mudaria meu pensamento quanto ao que está por vir: o Vasco está em fase de transição, aceitem ou não. Eterna e tardia fase, mas está! Não é motivo para nos desesperarmos, mas também não é motivo para aceitarmos as coisas conforme elas se mostram nesse momento. Com o modelo profissional no qual EU CREIO que Cristiano Koehler implantará no Vasco em breve, as coisas tendem a melhorar de fora para dentro do campo. Isso significa desbloqueio, por exemplo, de receitas em novos tempos de trabalho e consequente aumento da capacidade de investimento por um time melhor no Brasileirão e na Copa do Brasil. Entre outras formas de se trabalhar nas mais diversas áreas como, por exemplo, na área de finanças, tal como em matéria publicada na Revista Veja, que tira o Vasco de maior devedor do Brasil (tal como sugerido por um ex VP que lá esteve) e o recoloca em situação difícil, mas no mesmo patamar de outros devedores, em clara prova de que, se o fluxo de caixa não funcionou conforme se deveria durante todo esse tempo, passou LONGE de ser por questão de dívidas antigas, e sim, da maneira como foram tratadas: algumas inclusive com desdém, simplesmente ignoradas.

Em tempo, àqueles que debandaram com sua chegada, em sua maioria NÃO farão falta alguma. Tal como no novo modelo profissional do arquirrival em que se opta por “cortar na carne”, os ex-VPs que MUITO POUCO ou NADA fizeram, ou que ainda, NÃO SOUBERAM trabalhar direito esse tempo todo vão perdendo espaço para profissionais que melhorarão MUITO ao trabalho que não rendia conforme o desejado. Com a ressalva da colocação de VPs estatutários como forma de composição política, mas que venham com suas vidas praticamente resolvidas e dispostos a agregar, não a subtrair o trabalho de quem lá estiver. Sob esse novo cenário, a certeza de que há, agora, dois caminhos completamente antagônicos, como em uma operação “choque de ordem”: ou entra-se em um caminho sem volta rumo a se entregar como herança um encaminhamento, uma “semente plantada” de um clube mais profissional e com uma gestão menos caótica possível para o próximo Presidente a ser eleito em 2014, ou então a estrutura fracassa por conta de vaidades pessoais, políticas ou por resultados pouco produtivos daqueles que ali serão colocados e, dali em diante, somente DEUS saberá o que será de nós!

De qualquer forma, vale o registro de que SEMPRE APOIO aos vascaínos que NÃO “douram a pílula” de um clube cuja diretoria errou MUITO por mais de quatro anos e meio, e sim, aos que como eu gostam de ver a homens bem aventurados e profissionais competentes que “cortam na própria carne”, se possível, para dar uma guinada em um clube em eterna crise com sua própria identidade, acima de tudo, de forma a fazê-lo (ao contrário de seu Presidente amador e de alguns que o cerca) pensar GRANDE, resgatando aos poucos sua própria tradição, com inteligência e trabalho de excelência ao longo do tempo.

Agradecimentos

Gostaria de agradecer à todos que me enviaram mensagens no dia 08 de março (por mais um ano de vida) e pela citação do meu amigo César Augusto Motta em seu último texto, que aliás é também meu companheiro de SuperVasco e de Rede Só Dá Vasco, inclusive! Gostaria de estender meus agradecimentos àqueles que me parabenizaram (por telefone, por e-mail e pelas redes sociais) pela chegada ao mundo, nesse domingo dia 10 de março às 08h40min da manhã, de minha amada filha Manuela, em especial ao meu amigo e companheiro de WebVasco André Pedro, que esteve me visitando na maternidade ao lado de sua esposa e filha! Óbvio que teria em meu sonho realizar um desfecho do final de semana MAIS FELIZ de minha vida com o título que não veio, mas que SOB HIPÓTESE ALGUMA, estraga a minha imensa felicidade de sentir-me pai de uma menina linda pela primeira vez!

Homenagem e Apelo

Gostaria de parabenizar à VERDADEIRA torcida vascaína, aquela tão massacrada nos últimos anos e “tão culpada” por alguns em razão dos fracassos de uma sucessão de diretorias incompetentes e que deixaram o Vasco, por longos anos, a nos massacrar com vexames sobre vexames! Torcida essa que esteve presente, lotou o Engenhão, foi (mais uma vez!) imensa maioria e apoiou ao time o tempo inteiro, mesmo pressentindo que o pior estaria por vir em razão dos motivos já elencados na primeira parte desse texto! Fez bonito e trata-se, portanto, em meio a tanta coisa tida hoje como “execrável” na instituição, do ÚNICO patrimônio que um clube como o Vasco NÃO PODE PERDER!

Termino somente com um apelo a essa mesma torcida: ainda que o clube aparente não querer vê-los como sócios (já é dia 11 de março e NADA da divulgação desse novo plano de sócios!), procurem ao mesmo (quem puder, é claro!) para se associar, seja na Central de “O Vasco é meu!” ou fazendo ao clube cumprir ao seu próprio estatuto e conceder a associação por meio de sua secretaria. Pois o Vasco do amanhã depende de nós, também! Não com alienações políticas e partidárias; não com guerras, e guerrilhas políticas e politiqueiras, mas sim, pelo simples direito de exercer seu papel dentro do que considerar correto para manifestar, através do voto e em tempo oportuno, a chance de se mudar os rumos de um GIGANTE, se preciso for!


FONTES: Bruno Voloch E Coluna Cristiano Mariotti

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