sábado, 29 de dezembro de 2012

Dez anos após primeira queda, Palmeiras repete falta de planejamento

Com indefinição em relação ao próximo presidente, Palmeiras não consegue avançar no planejamento

Ainda machucado pela queda do time para Série B do Campeonato Brasileiro, o torcedor do Palmeiras iniciará o ano sem saber o que esperar da equipe em 2013. Às vésperas das eleições presidenciais, o clube não deve reforçar o elenco, que também terá pela frente a disputa da Copa Libertadores da América. A indefinição e falta de planejamento, porém, não serão novidades para a torcida alviverde.

Há dez anos, em 2002, quando o Palmeiras também virou a temporada com a certeza que disputaria a Série B, o cenário era exatamente o mesmo. Em janeiro de 2003, o clube se reapresentou com um elenco reduzido, após uma série de dispensas, poucos reforços, ex-jogadores alviverdes retornando de empréstimo e, claro, polêmicas nos bastidores envolvendo as eleições presidenciais.

Kleina ainda não sabe o time que terá à disposição em 2013

Naquela ocasião, Jair Picerni estreava como técnico do Palmeiras sem saber com quem poderia contar no ano. Do elenco que foi rebaixado, sete jogadores saíram (César, Rubens Cardoso, Jeovânio, Leonardo Moura, Itamar, Lopes e Paulo Assunção). De novidades chegaram apenas o zagueiro Índio e o meia Adãozinho, e voltaram de empréstimo os volantes Magrão e Claudecir e o atacante Tiago Gentil.
Dez anos depois, é Gilson Kleina quem prova deste problema. Até o momento, já deixaram o Palmeiras, entre emprestados e negociados, um time completo de 11 jogadores. Como reforços vieram apenas o goleiro Fernando Prass e o lateral Ayrton; enquanto retornaram de empréstimo os volantes Souza e Wendel, e os laterais Vitor e Gerley - a tendência é que apenas os meio-campistas permaneçam.
Com o agravante de que em 2013 o Palmeiras também terá que disputar a Libertadores, a situação não deve melhorar até o dia 21 de janeiro, quando acontecem as eleições presidenciais no clube. Isso porque até lá é o Conselho de Orientação Fiscal (COF) quem irá aprovar qualquer transferência, o que ‘engessa’ qualquer negócio, segundo a visão dos membros da atual gestão alviverde.

Há dez anos, situação no era a mesma com Mustafá Contursi

Além de ocorrer já no início da temporada, o pleito de dez anos atrás guarda outra semelhança com o de 2013: a possibilidade de reeleição do presidente que ‘rebaixou’ o time no ano anterior. Em 2003, Mustafá Contursi concorreu a seu quinto mandato consecutivo e acabou reeleito. Agora, Arnaldo Tirone, que contou com o apoio do ex-presidente para se eleger, deve tentar o segundo mandato.

Até o momento, Paulo Nobre e Décio Perin são os únicos presidenciáveis que já garantiram a candidatura. Para Tirone, a reeleição foi uma possibilidade real desde o título da Copa do Brasil, no entanto, com a queda do time no Brasileiro e a forte pressão das arquibancadas, o atual presidente ainda não sabe se concorrerá nas eleições – há dez anos, Mustafá tomou sua decisão no fim de 2002.

FONTE: Thiago Cara

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