
Um dos técnicos mais vencedores da história do futebol brasileiro, Vanderlei Luxemburgo atravessava uma situação praticamente inédita em sua carreira quando foi procurado pelo Fluminense para assumir o lugar de Abel Braga, demitido. Foram 32 dias desempregado após a saída do Grêmio. Um período de inatividade que não acumulava desde 2004.
Anunciado pelo tricolor carioca nesta terça-feira, o treinador cinco vezes campeão brasileiro tem no número um dado que reforça o seu momento de baixa.
Desde 2006, ele conquistou apenas títulos estaduais - duas vezes com o Santos, outra com o Palmeiras, mais uma com o Atlético-MG e, finalmente, uma com o Flamengo. É dessa forma que o experiente comandante desembarca nas Laranjeiras, com contrato somente até o final do ano e tentando retomar o caminho das conquistas.
Sem o mesmo prestígio de outrora, Luxemburgo representa para o Flu um alívio em sua folha de pagamento. Não só por seu salário, aproximadamente metade do que recebia Abel Braga - R$ 600 mil -, mas também pela comissão técnica reduzida.
O ‘pacote Luxemburgo' contratado pelos atuais campeões brasileiros não carrega em nada o aspecto polêmico que costumava apresentar num passado recente, com uma equipe muitas vezes inflada e formada por profissionais das mais diferentes áreas, numa tentativa ‘ousada' do treinador de fortalecer o seu trabalho no dia-a-dia.
No Atlético-MG, ele chegou a contar com três auxiliares, sendo um deles o ex-árbitro Wagner Tardelli, em iniciativa que provocou discussão intensa na época e ficou marcada pela atitude defensiva que o juiz aposentado adotou em entrevistas, ameaçando processar repórteres.
Ao todo, a comissão técnica de Luxa no Galo era composta por oito profissionais - além de Tardelli, os assistentes Nei Pandolfo e Rincón, o preparador físico Antônio Mello, o treinador de goleiros Eduardo Bahia, o fisiologista Cláudio Pavanelli, o cinegrafista Alexandre Ceolim e a nutricionista Patrícia Teixeira. Num espaço de três anos, a situação mudou totalmente.
No Fluminense, Vanderlei Luxemburgo vem com uma equipe quatro vezes menor, acompanhado somente do auxiliar Junior Lopes e o preparador físico Antônio Mello.
Com o time tricolor atualmente na zona de rebaixamento, com nove pontos, dois à frentes da Portuguesa, última colocada, o treinador sonha em conduzir a equipe até a Libertadores e depois conversar sobre uma possível renovação de seu contrato.
"A opção do contrato foi porque o mandato da diretoria termina no fim do ano. Queremos chegar à Libertadores e, se possível, conquistar algum título. Depois vamos conversar. No Grêmio, tive esse problema. Fui contratado por um presidente e meses depois entrou uma nova diretoria", relembrou.
FONTE: ESPN
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