domingo, 27 de abril de 2014

Indecisa sobre aposentadoria, Fofão diz: “Seria uma história feliz perfeita”

vôlei final superliga Fofão Rio de Janeiro e Sesi (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)

Foi com chave de ouro.Ser campeã da Superligae melhor jogadora da final coroou a desgastante e angustiante temporada da levantadora Fofão. Aos 44 anos, ela conviveu com problemas físicos, que a deixaram fora das quadras por quase dois meses. A volta foi cirúrgica para ajudar a equipe carioca nos playoffs, em especial na semifinal com o Campinas e na final com o Sesi-SP. A própria presença na decisão, após duas semanas de tratamento intensivo na panturrilha, não era garantida.

Passada toda a agonia de uma semana se preservando nos treinamentos, Fofão agora só pensa em descansar e aproveitar seu quinto campeonato nacional, pelo menos por um pequeno espaço de tempo, pois ela mesma sabe que há uma outra decisão muito maior para tomar.

- A semana toda eu treinava de manhã com o time e era um treinamento muito cuidadoso. Eu não estava segura para jogar, não mesmo, mas não conseguia e não consigo me imaginar fora de uma final. Nem que amarrassem minha perna eu estaria fora dali. Foi muito carinho que as meninas passaram pra mim, foram tantas energias positivas, que eu esqueci minha panturrilha. Não senti dor, mas sim um incômodo. Não exagerei na parte das vibrações para a dor não aparecer. Mas Deus foi, mais uma vez, bom comigo. Agora, é descansar e recuperar. Tenho que avaliar muita coisa. Primeiro, a minha condição física, que é uma coisa que me preocupa. Isso tem que ser pensado com carinho. Não gostaria de atrapalhar a equipe, mas contribuir e ajudar. Vou pensar com calma se me aposento ou não. Terminar desta maneira, vencendo, seria o fechamento de um livro, de uma história feliz perfeita. Mas ainda tem as próximas páginas – deixou no ar a jogadora, visivelmente emocionada.

Fofão se emociona com mais um titulo da Superliga (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)

Momentos antes de a final começar, havia nos bastidores a informação de que a atleta anunciaria sua despedida. Ela inclusive já teria comunicado o fato às companheiras de time. Depois, ouvia-se que ela continuaria por mais uma temporada. No fim, a dúvida permanece. O que mais pesa neste momento para ela é colocar na balança a questão física com o amor ao vôlei.

- Isso é o que mais assusta o atleta, não saber até onde pode chegar. Mas, ao mesmo tempo, quando você trabalha, espera ser recompensado. É uma trajetória longa e de superação sempre, minha vida é de superação. Mas sempre fica a dúvida, será que vai dar? Essa decisão é muito difícil, pois é o que eu gosto de fazer e faço melhor na minha vida. Mas uma hora terei que me decidir. Eu me vejo muito bem dentro de quadra jogando, sinto alegria. É muito difícil pensar em parar, quando você joga neste nível de voleibol – disse.

Veterana ergue a taça com as companheiras de time (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX)

Questionada se já existe um “complô” dentro do elenco pedindo pela sua permanência, a levantadora disse que o que ela decidir será respeitado.

- É um assunto que elas vão respeitar e entender também, mas é um lugar que eu tenho um carinho muito grande. Sou muito amada neste time. Isso faz uma diferença grande – completou.

FONTE: GLOBO ESPORTE

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