sexta-feira, 10 de maio de 2013

Projeto Praia Para Todos retorna à orla carioca


Em sua 5ª edição, o projeto que tem como objetivo tornar as praias do Rio de Janeiro acessíveis terá dois pontos: Barra da Tijuca, aos sábados e, Copacabana aos
domingos.

Na Barra será no Posto 3, como acontece desde 2010 e, em Copacabana, em frente à Rua Francisco Sá, entre o Posto 5 e 6.

A intenção do Instituto Novo Ser (INS), organizador do projeto, é consolidar e expandir a ação para que se torne uma realidade em todas as praias cariocas.

A iniciativa tem como objetivo aumentar a integração da pessoa com deficiência com a natureza e o esporte, promover mais sociabilidade e, despertar a atenção da opinião pública que não oferece estrutura adequada em uma cidade que sediará os próximos Jogos Paralímpicos.

Todas as atividades oferecidas gratuitamente são ministradas por profissionais capacitados das áreas de educação física e fisioterapia, além de estagiários e voluntários do Instituto Novo Ser.

O INS tem como mantenedora a empresa Radix Engenharia e Software. Já o Projeto Praia Para Todos conta com a parceria da 213 Sports, Rico de Souza, da ONG E-Solidário, Nautika, Lions Sernambetiba e Copacabana, Secretaria de Defesa Civil
do Estado do Rio de Janeiro, 3º. Grupamento Marítimo e Subprefeituras das respectivas regiões.

Serviços oferecidos pelo Praia Para Todos:


Stand Up Paddle e Handbike (somente em Copacabana),
Esteira para passagem de cadeiras de rodas,
Cadeiras anfíbias – de fácil deslocamento pela areia e que ainda flutuam na água,
Atividades esportivas adaptadas como vôlei sentado de praia, frescobol, peteca, surf adaptado, stand up paddle,
Jogos recreativos e piscininha infantil,
Vagas de estacionamento reservadas, rampas de acesso à areia e sinalização sonora.


O Praia para Todos atende às necessidades de cerca de 50 pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida por dia, em cada praia. Desde o início foram beneficiadas em torno de 5.000 pessoas direta e indiretamente.

O renomado surfista Rico de Souza, um dos apoiadores e voluntários, vê a oportunidade como uma boa forma de contribuir para a sociedade.

“É importante procurar saber as dificuldades que um cadeirante enfrenta em seu dia a dia. Da mesma forma que o esporte me ajudou, acredito que pode ajudá-los também. Quando fomos convidados, me prontifiquei a dar aulas, pois acho que é uma maneira de minimizar algumas dificuldades que eles possam enfrentar. Convido a todos para ajudarem o projeto e as pessoas com deficiência, uma boa oportunidade de atuação.”, explica ele.

Danielle Gilson, 39 anos, frequentadora da Praia de Copacabana, treina desde 2010 para maratonas aquáticas. “Enfrento muitas dificuldades, pois onde há vagas para deficiente nem sempre há faixa de pedestres ou sinais e os meios-fios são muito altos impossibilitando a cadeira de rodas de fazer a travessia com segurança. Fora isso, não há rampas de acesso para areia e preciso contar com a ajuda das pessoas. Ter um projeto como o Praia Para Todos faz toda a diferença, pois permite ao deficiente uma autonomia plena, resgatando sua cidadania e exercendo-a como qualquer cidadão”, afirma Danielle.

FONTE: Ana Paula Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...