A DIS, empresa que detinha 40% dos direitos de Neymar, foi à Justiça para abocanhar uma fatia maior da venda do principal jogador do Santos para o Barcelona.
Mas a empresa não pode reclamar que perdeu dinheiro no investimento feito no jogador, que ainda contribuiu com esse faturamento ao optar por deixar agora o Brasil e não no ano que vem, quando acabaria seu contrato.
Segundo informações divulgadas pelo Santos, a empresa, que tem uma rede de supermercados como origem, ficou com o equivalente a R$ 20,8 milhões do valor pago pelo Barcelona.
Em março de 2009, a DIS pagou R$ 5 milhões pelos 40% de Neymar. Segundo o contrato com o clube e a família do jogador, ao qual o ESPN.com.br teve acesso, o jogador deveria indenizar a empresa caso deixasse o Santos ao final do contrato, sem o pagamento de multa rescisória.
Segundo o parágrafo único da 12ª cláusula do contrato, aos R$ 5 milhões seriam acrescidos de correção monetária pelo IGP-M e juros da poupança.
Isso significaria que os R$ 5 milhões de 2009 valeriam hoje R$ 8,4 milhões, ou R$ 12 milhões a menos do que a DIS vai receber na negociação com o Barcelona.
Se usasse os R$ 5 milhões que investiu em Neymar em aplicações do mercado financeiro, a DIS não chegaria nem perto do retorno que teve com o jogador.
No mercado de câmbio, até perderia dinheiro. Se comprasse dólares em 6 de março de 2009, data que "comprou" Neymar, a empresa teria hoje o equivalente a R$ 4,8 milhões.
Aplicando em um fundo de ações que tenha o índice da Bovespa como referência, teria hoje R$ 6,1 milhões. Um pouco melhor seria usar o dinheiro gasto em Neymar para comprar barras de ouro: a DIS acumularia hoje R$ 6,6 milhões.
FONTE: ESPN
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