domingo, 14 de julho de 2013

Pelo regulamento da Conmebol, final da Libertadores não poderia ser jogada no Paraguai



A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) exige que um estádio tenha pelo menos 40 mil lugares para a disputa da final da Copa Libertadores. Tanto é que o Atlético-MG deve jogar a segunda partida da decisão contra o Olimpia no Mineirão, apesar da vontade de atuar no Independência, que comporta pouco mais de 23 mil pessoas. O problema é que, se o regulamento fosse seguido à risca, o time do Paraguai não poderia receber a final em casa, já que o país não possui nenhum campo com a capacidade exigida pela Confederação.

O Olimpia vai mandar o jogo de ida da decisão no Defensores del Chaco, em Assunção, que comporta 36 mil torcedores - 4 mil a menos, portanto, do que pede a Conmebol. O Paraguai não possui alternativa, já que todos os outros campos do país são ainda menores.

Para se ter uma ideia, o General Pablo Rojas, do Cerro Porteño, é o segundo maior do país, mas tem capacidade somente para 32 mil pessoas. Em seguida, aparecem o Antonio Oddone Sarubbi (28 mil pessoas), em Ciudad Del Este (fronteira com o Brasil), e o Feliciano Cáceres (24 mil), em Luque, cidade vizinha a Assunção e que também é sede da Conmebol.

A entidade máxima do futebol sul-americano, no entanto, abrirá exceção ao Olimpia, que não teria onde jogar a final da Libertadores por também não conseguir cumprir outra exigência do regulamento: caso não possua um estádio de 40 mil, o clube anfitrião deve mandar a partida em um campo localizado a no máximo 100 km de onde seria realizada originalmente a partida.


Atlético-MG quer mandar 2º jogo da final no Independência

O Atlético-MG, aliás, usa esta exceção como argumento para poder mandar o segundo jogo da decisão no Independência, onde atuou durante toda a Libertadores e jamais perdeu: são 38 jogos, com 29 vitórias e nove empates. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), inclusive, comprou a briga atleticana e intercedeu junto à Conmebol para tentar tirar o jogo do Mineirão.

"Na quarta-feira, estarei no Defensores del Chaco para torcer pelo Atlético, e estou certo de que não haverá problema algum. Pelo mesmo raciocínio, pelo cumprimento do princípio da igualdade, estarei no dia 24 de julho na casa do Atlético, no Independência", afirmou o presidente da CBF, José Maria Marin, por meio de nota.

"Se eles não respeitam o regulamento, nós também não vamos respeitar", endossou o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, à Folha de SP.

Veja, abaixo, a íntegra da nota oficial divulgada pela CBF

CBF solicita à Conmebol realização da final Atlético Mineiro x Olimpia no Independência

O presidente da CBF José Maria Marin solicitará à Conmebol que o pleito do Atlético Mineiro, de realizar o segundo jogo da final da Copa Libertadores da América contra o Olímpia, no dia 24 de julho, no Estádio Independência, seja atendido, por considerá-lo legítimo e amparado pelo senso de justiça.
Marin garante que a CBF não abrirá mão de defender os interesses do seu filiado, o Atlético Mineiro, em fazer prevalecer o princípio da igualdade, já que o primeiro jogo, marcado para quarta-feira, será realizado no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, que comprovadamente não possui lotação para 40 mil espectadores.

- A CBF não quer polemizar com a Comebol, a entidade a qual é filiada e tem as melhores relações, mas sim lutar por um pleito que entende ser legítimo. Por isso, vamos exigir o direito de o Atlético Mineiro disputar o segundo jogo da final na sua casa, o Estádio Independência. Essa é uma pretensão que consideramos justa e dela não nos afastaremos.

O presidente da CBF lembra que o Atlético Mineiro tem proporcionado, através de seus torcedores no estádio, e aos que acompanham pela TV, verdadeiros espetáculos em seus jogos no Independência.

Não houve, nessas dezenas de vezes, qualquer problema de segurança ou anormalidade.

- O Independência, repito, é a casa do Atlético e é no seu estádio que ele tem de disputar a final da Libertadores. Assim como o Olimpia vai jogar na sua casa, o Defensores del Chaco, que também não tem capacidade para 40 mil pessoas, o Atlético tem o direito de exercer o seu mando de campo.

Marin dá, inclusive, o seu testemunho como torcedor para ratificar a convicção que está em uma justa parceria com o filiado Atlético Mineiro na defesa de uma boa causa.

- Na quarta-feira, estarei no Defensores del Chaco para torcer pelo Atlético, e estou certo de que não haverá problema algum. Pelo mesmo raciocínio, pelo cumprimento do princípio da igualdade, estarei no dia 24 de julho na casa do Atlético, no Independência.

FONTE: ESPN

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