Há sempre uma conta a fazer na hora de escolher um técnico. O treinador pensa se o clube é bom para ele. No caso do Flamengo, é claro que é. O clube decide se é bom contar com aquele treinador. No caso de Dorival Júnior, o campeão da Série B pelo Vasco e da Copa do Brasil pelo Santos, também é.

Mas no cenário atual, Dorival Júnior, que deve ser apresentado nesta terça-feira como novo treinador do Flamengo, não vem de dois bons trabalhos, nem no Atlético Mineiro, nem no Internacional. E o Flamengo não carrega bom currículo em sua relação com treinadores.

Demitiu Vanderlei Luxemburgo de maneira pouco profissional, com anúncio antes da demissão de que Joel seria o novo treinador. E fritou Joel Santana por semanas a fio até definir sua saída.

Relações profissionais levam a bom termo, a bom time, a bons títulos. Negócios feitos às pressas, não. Dorival Júnior é a solução emergencial de que o Flamengo precisa, mas sem fazer as correções básicas em seu trabalho.

O Flamengo é o emprego a curto prazo que Dorival Júnior necessita. Se estivesse na boa fase de dois anos atrás, no Santos, provavelmente não iria ao Flamengo.