quinta-feira, 5 de julho de 2012

A Libertadores é de Émerson, de Tite... E do Vai, Corinthians!


Algumas decisões são fundamentais na vida. Decidir ser campeão, por exemplo. Como Émerson decidiu.
Incrível como Émerson é o cara para jogos desse tipo, de um Corinthians x Boca.
O herói da Libertadores, dono da frase exemplar da final: “Cara, sou carioca... sou de Nova Iguaçu... sou favelado... Eu não tenho medo de nada, não!”

Émerson decidiu, mas o Corinthians decidiu antes dele.

Decidiu ser campeão da Libertadores.
Talvez tenha sido na derrota de Ibagué, onde o time vencedor começou a ser forjado. O ônibus apedrejado entre a saída do estádio do Tolima e o hotel, os carros depredados no retorno ao Centro de Trienamento, a pressão da torcida na véspera do clássico contra o Palmeiras, vencido por 1 x 0, em fevereiro de 2011.




A diretoria avisou: pagaria o conserto dos treze carros. Pagou doze. Tite disse: “Eu perdi, eu pago!”

Muitos torcedores pegaram no pé de Tite até o título brasileiro – e até depois dele. Durante alguns anos, o técnico gaúcho foi refém de seu grande sucesso no início de carreira. Seus times sempre marcaram por pressão, mas nunca mais como o Grêmio, campeão da Copa do Brasil de 2001 com bola roubada por Marcelinho Paraíba na risca da grande área, deu o gol a Zinho.

Durante alguns anos, a cada conversa com este colunista, Tite ouvia a pergunta sobre aquela maneira de jogar. Depende do elenco, nem sempre há jogadores com essas características.

Tite encontrou-os no Inter, campeão da Copa Sul-Americana em 2008, em decisão contra o Estudiantes.
E de novo encontrou quando deixou de contar com Roberto Carlos e Ronaldo depois da derrota de Ibagué.

Um time com os dois monstros sagrados do futebol brasileiro em fim de carreira não poderia jamais adiantar a marcação como o Corinthians fez na Libertadores. Significaria bola nas costas, gol dos caras.

Na terça-feira, o Corinthians treinou a marcação nas laterais, trabalhou fazer o Boca recuar a bola para sair com os zagueiros e tomar de Schiavi. Já estava 1 x 0, marcação pesada na intermediária, o Boca não acha Riquelme, a bola volta a Schiavi e o zagueiro tenta o passe de lado. Émerson toma, já no campo de ataque.

Gol de Émerson.
Ou seria gol de Tite?
Gol do Corinthians!
Gol do título da Libertadores!

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