sexta-feira, 3 de maio de 2013

Milionário 'voa' nos negócios, mas não consegue sair da lanterna no esporte



Na lista dos homens mais ricos da Malásia, a 15ª colocação em meio a uma população de quase 30 milhões de habitantes. Nos negócios no esporte, sempre o último lugar. Assim é Anthony Fernandes, o milionário que comanda a bem-sucedida AirAsia, mas não consegue ter sucesso como dono de Queens Park Rangers, no futebol inglês, e Caterham, na Fórmula 1.

Segundo números da revista Forbes, a fortuna de Fernandes é de 615 milhões de dólares, algo em torno de R$ 1,2 bilhões. Grande parte do império passou a ser construído a partir de 2001, quando o malaio assumiu os 11 milhões em dívidas da AirAsia, que caminhava a passos largos rumo à falência, e a tornou uma das mais lucrativas do ramo em apenas oito anos.

A habilidade que o empresário teve para conduzir sua empresa, porém, não chega nem perto do talento que tem demonstrado como esportista. Em 2009, Fernandes fundou a Caterham, que passou a competir na Fórmula 1 em 2010, resgatando o nome ‘Lotus’; e, em 2011, passou a investir também no futebol, quando adquiriu o Queens Park Rangers, que retornava à elite inglesa.

Fernandes é só sorriso quando o assunto é a AirAsia

Na Fórmula 1, a equipe malaia só não ficou entre as três piores da temporada em seu ano de estreia, quando conseguiu terminar a frente de outras três escuderias no Mundial de Construtores. Já a melhor colocação do time até hoje na categoria foi um 11º lugar, com o russo Vitaly Petrov, na última prova do campeonato de 2009, no Grande Prêmio de Interlagos, no Brasil.

No futebol, a disputa na parte de baixo da tabela se repete. Fernandes assumiu o cargo máximo do QPR com o objetivo de colocar o clube como uma das forças do cenário europeu em cinco anos. Sua fórmula de sucesso era o alto investimento, capaz de bancar salários elevados a estrelas que pudessem auxiliar o malaio em seu objetivo. O Chelsea, de Abramovich, era um espelho.

O QPR, no entanto, não gozava da mesma tradição que os Blues na Inglaterra e não conseguiu crescer de uma hora para outra. Logo na temporada 2011/12, a equipe se salvou do descenso por um ponto, graças a uma derrota do Bolton na última rodada. Em 2012/13, porém, a sorte não foi a mesma e, por antecipação, a equipe já está rebaixada à Championship.

Desde que assumiu o clube londrino, Fernandes contratou 23 jogadores – entre eles Joey Barton, Armand Traoré, Shaun Wright-Phillips, Anton Ferdinand, Djibril Cissé, Park Ji-Sung, os Júlio Césas e Fábio, Jermaine Jenas, Bosingwa, Granero e Christopher Samba. Em sua primeira temporada, o malaio gastou 183% da receita total do QPR com salários e contratações.

Já na Fórmula 1 e no futebol, o semblante é mais sério

Na atual temporada, apesar de contar com boa parte de seus investimentos milionários no elenco, a equipe venceu apenas quatro vezes, figurou na zona de rebaixamento durante todo o campeonato e caiu com quatro rodadas para o fim. Neste sábado, às 13h30 (de Brasília), a equipe enfrenta o Arsenal (TRANSMISSÃO, AO VIVO, DA ESPN+) apenas para cumprir tabela.

Para a próxima temporada, porém, Fernandes promete mudanças na política de gastos e, claro, reformulação. “A nova política começa a partir de agora. Muito de nossos investimentos foram para construir um elenco, agora estamos em uma posição que podemos fazer trocas. Não podíamos antes, só compramos, compramos e compramos”, revelou o malaio.

Fernandes reconhece, no entanto, que a reconstrução do QPR deve levar tempo, e o retorno não será tão rápido quanto o de sua empreitada a frente da AirAsia. “Pode demorar duas ou três temporadas. Temos que pensar a longo prazo, talvez não vamos conseguir retornar (à primeira divisão) agora.”

FONTE: ESPN

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